Uma Corrente de Graças
Hoje dei de cara com a dor, dei de frente com ela e percebi que me refugio no paganismo para fugir dela; é uma forma de não ser vitima, é uma forma de agir contra as dores e as mazelas do mundo.
No paganismo sinto que posso fazer algo para mudar as coisas e não somente me submeter e aceitar os acontecimentos; nele encontro a explicação do porque as coisas acontecem, não a justificativa mas somente a explicação.
Não ha justificativa para “n” horrores que vemos a diário, mas sim a explicação de que estamos todos em evolução e que um dia -se nos ajudarmos uns aos outros- essa situação terminará.
Mentes “mais ilustradas” me dirão “que dor? Eu não tenho dores”.
Temos sim, as nossas pessoais e as de todos, dores que carregamos em níveis muito sutis de nossa consciência e de nosso coração.
Penso que todos nos refugiamos da dor nas religiões, justamente porque a través delas deixamos de ser vitimas, porque ali algo podemos fazer, já seja rezar na igreja e pedir a Deus ou a algum santo de nossa devoção que nos ajude, ou na terreira pedindo ajuda e perguntando aos Guias e aos Orixás o que se pode fazer para resolver isto ou aquilo, ou na Wicca e na Bruxaria nós mesmos fazendo magias ou encantamentos para mudar as coisas de pior a melhor.
Todos queremos o mesmo: viver bem e ser felizes junto com aqueles que amamos, mas somos como crianças que não entendem direito o mundo, e vez por outra “tomamos” o brinquedo da criança que esta mais próxima de nós.
No momento isso não parece grave (como para a criança que tira o carrinho do outro), mas acontece assim porque estamos olhando o mundo desde o nosso ponto de vista, desde o nosso lugar, e não nos colocamos no lugar do outro; não é por maldade, é porque parece certo que se não tenho, eu pegue o carrinho do outro para brincar um pouquinho.
E o outro chora e como não consegue obter de volta o que lhe pertence, corre para a sua mãe ou para algum adulto que resolva o problema (nos refugiamos nas religiões colocando-as no papel de mães e adultos que podem nos ajudar a resolver nossos problemas).
Mas se emprestamos o carrinho para que o outro brinque um pouco, ele o fará e depois nos devolverá o que era nosso.
Nas palavras de Ratziel:
Como é possível tanta ignorância?
Como é possível que tanto sofrimento, não nos leve a entender coisas tão simples?
Como é possível que mesmo sentindo em carne própria a dor de ser devorados, isso não nos leve à compreensão da dor do ser que devoramos?
Nosso escudo vai se corrompendo por nossa própia consciência distorcida, e pelos ataques dos que querem devorar-nos, destruindo nossas defesas; e se não alcançamos a compreensão desta corrente de “des-graças”, ela se perpetua indefinidamente, até que finalmente não exista nada mais para devorar em nós, ou para devorar no outro, e nos abracemos em nossa dor, começando finalmente uma corrente de Graças, animados pelo Amor que nos une a todos desde o começo dos tempos, desde que todos partimos da Consciência Primeira, do Amor do Um em direção ao outro.
Imagens: Prefeitura de Olinda – Gilberto Filho – Sam Shiraishi – rogarrido
não é bem um comentario, e sim uma pergundta.os iniciados podem falzer um feitiço para aprimorar a inteligência? ou aliviar uma dor de dente em alguem numa situação emergencial?
obrigado…como dá pra ver não sei de nada. rs…
paz e luz.
Olá, sempre me interessei pela magia celta, e gostaria de ter a oportunidade de conhecer os Antigos Mistérios da Deusa.
Eu gostaria de comprar um varinha. Existe uma escola de Magia eu gostaria de participar pela internet.