Três séculos mais…
…a bruxa ainda andava as voltas com seus duendes e com as feiticeiras.
Todos tinham evoluído muito, não mais alem das expectativas da bruxa, mas ate onde ela esperava que acontecesse.
Havia-se fechado um ciclo que começara sete séculos atrás, e outro começava; muito tinha aprendido com tudo o
que passou, e seguramente isso lhe seria de muito valor na nova etapa que se iniciava.
Estava inteira, e tinha conseguido seu propósito de proteger e cuidar de seus aprendizes, pois ate aqui tinham chegado
sem mais danos que alguns arranhões nas capas externas de seus egos.
As tormentas ainda aconteciam em sua vida, mas eram poucas e com bastante espaço entre elas, alem disso haviam
se tornado consideravelmente fracas.
Como se tudo isso fosse pouco, também tinha conhecido um Mago do mundo invisível, que a ensinou a ir ao olho das
tormentas, e encontrar Paz em meio aos furacões que algumas almas atormentadas criavam ao seu redor.
Aprendeu a descer aos subterrâneos de sua caverna e desenterrar os conhecimentos necessários para solucionar as coisas;
descobriu ali espelhos, fórmulas e anéis de luz, com os quais acendeu o Fogo Espiritual em seu coração.
Isto lhe trouxe uma grande compreensão do mecanismo da Fantástica Maquinaria do Universo, fazendo nascer
em si mesma um Amor Maior por tudo e por todos os que estavam em seu entorno, assim como também pela humanidade
e o Planeta como um todo.
Sofreu muito quando encontrou o espelho do Karma, pois ali viu o reflexo em seu interior dos defeitos que trazia consigo;
devagar e com muita paciência, começou a retirá-los, pois estavam cravados nela como si fossem grandes espinhos.
Dizem que doía quando ela os arrancava, mas que o alivio era tão grande, que imediatamente começava com outro.
Ainda existem inúmeros a serem retirados, e ela sempre corre o risco de que apareçam novamente, no entanto, as cicatrizes
que eles deixam, mantêm sempre a bruxa alerta para que isso não volte a acontecer.
A bruxa pensava que a pesar de sua avançada idade -da qual ela nem se lembrava mais- nunca era tarde para retirar
os espinhos, pois na Vida do Espírito sempre estamos no começo.
Isso, ao menos a reconfortava, pois ela acreditava que tinha toda a Vida “e mais seis meses” para retirá-los todos.
Imagem: chefranden
Olá Grande Mãe. É com grande alegria que leio suas postagens. Gosto de tudo que vc escreve. Um grande bj.
Maravilhoso texto!
adoro ler o que escreve.
Historia mais que linda.. estou começando a aprender a retirar os meus espinhos..