A Transição das Eras

Todos os anos, no dia 21 de Março o Sol abandona o hemisfério Sul, cruza o Ecuador celestial e penetra nos graus de latitude Norte, onde permanece durante o verão.

Mas obedecendo a um movimento vibratório dos pólos da Terra, o Sol cruza o Ecuador celeste um pouco depois do que o fez no ano anterior.

Como o dia e a noite são de igual duração no ponto onde o Sol cruza o referido Ecuador, ou seja o equinócio, esta passagem precedente chama-se “precessão dos equinócios”.

Se não houvesse tal precessão dos equinócios, o Sol penetraria sempre na “constelação” de Áries no equinócio vernal; mas por causa deste movimento de retrocesso de um grau cada 72 anos aproximadamente, o equinócio de primavera, acontece no primeiro grau de Peixes 2.156 anos, mais ou menos.

Depois de um período de tempo semelhante, o Sol retrocede ao primeiro grau de Aquário, e assim sucessivamente, cruzando todo o círculo dos doze signos em 25.868 anos, aproximadamente.

Quando o Sol estava em Touro, o signo do “Touro” no equinócio vernal, os egípcios da antiguidade adoraram o sagrado “Boy Apis”, e seus sacerdotes levavam o “Uraeus”, símbolo da Serpente, que corresponde a Escorpião, o signo da serpente oposto a Touro, para indicar que possuíam a Sabedoria Esotérica.

Quando o Sol passou a Áries por precessão, veio a idolatria ao “povo escolhido”, e eles começaram a adorar o Touro ou o “Bezerro de Ouro”; abandonando por conseguinte o “Egito” e levando sua fe ao “cordeiro” ou “carneiro”, que então foi sacrificado.

Mas em harmonia com o símbolo esotérico Libra, a “Balança da Justiça”, que é o oposto a Áries, voltará como Juiz.

No ano de 498 da Era Cristã, o Sol estava no primeiro grau de Áries ao passar o equinócio, e no ano de 1916, cruzou o Ecuador aos 19 graus e 18 minutos de Peixes; assim que no ano de 2.658 estará na cúspide de Aquário.

Durante os 2.000 anos que tem transcorrido desde que o equinócio entrou dentro da órbita de Peixes, os peixes, nos ritos religiosos requereram que os homens, ungissem a si mesmos com as “águas de Peixes”, na porta da Igreja, sendo realizado o serviço por um sacerdote, que usava na cabeça uma prenda parecida a “cabeça de um peixe”.

Se lhes mandava aos homens não comer carne em épocas determinadas, pedindo-se a eles comer peixe em seu lugar.

Também se lhes ensinava a “adorar uma virgem imaculada”, porque Virgem é o signo oposto a Peixes; e esta adoração continuará, ainda que em grau decrescente, até que o ideal novo encarnado no signo de Aquário e seu oposto, o signo de Leão, tenha superado a cristandade ortodoxa, como tem acontecido com as religiões anteriores a atual.

Desde a metade do século vinte a influência aquariana, enfocada no equinócio, tem se deixado sentir, porque a orbita de Sol é tão grande que toca a cúspide de Aquário.

Como conseqüência disto, temos um despertar do pensamento sem precedentes, e um acúmulo de inventos, nem sequer sonhados previamente, nem como remotas possibilidades.

Mas com o decorrer dos anos, o Sol equinocial iluminará nossas mentes de tal forma, que justificará que nossos netos falem desta época como uma “idade media”.

E quando no ano de 2.658, a entrada do Sol no signo de Aquário, nos ponha no meio de uma época nova, os homens desse tempo estarão justificados, para pensar da “idade de Peixes”, de uma forma equivalente da que nós pensamos da época anterior a Cristo.

Texto extraído do livro “Astrologia Científica Aplicada” – de Max Heindel

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