Se diz que a Bruxaria Antiga é uma religião; religião significa re-ligar-se, re-conectar-se com o sagrado, com aquilo que foi con-sagrado, sagrado junto, ao lado de… antes do tempo do não-tempo, quando todos fomos um só, um com tudo, um com o Todo, um com Akasha.
Nesse tempo, quando a Terra ainda não era a Terra, e tudo era seco e duro, as pegadas das mulheres já estavam nela.
Nesse tempo além do tempo, as mulheres caminhavam sobre paisagens desoladas, e em suas gretas, entre densas névoas criavam e recriavam a Vida.
Essas Mulheres possuíam asas, como se fossem compridas vestes, que cobriam seus corpos, protegendo-as; elas existiam antes mesmo do espírito, e mantiveram suas asas até que ele as encontrou.
Nesse momento suas preciosas e negras extensões aladas, tornaram-se cinzas e suaves, e perderam suas coroas, quando rolaram suas cabeças pela terra árida.
Mas antes de que isto acontecesse, a Ânfora da Vida, gerava somente seres femininos, em um eterno ciclo de repetição sem fim e sem esperanças, em um insano desejo de perpetuar a Si mesma.
Entretanto, houve um Eon, no qual a busca pela perfeição e a liberdade da prisão da eternidade, fez com que a Ânfora da Vida, introduzisse em Si mesma, uma causa oposta e complementária a Ela: o ser masculino, e com ele a morte, o conceito da separação e a evolução natural.
Naquele tempo, tudo era seco, duro, desolado e coberto de pontas; pontas que se tornaram os répteis; demônios iníquos, nascidos dos passos do esquecimento, daquilo que ficou pra trás, IN- famas, fora da fama, fora do reconhecimento; infâmias e falta de compreensão, que mais tarde formariam o mal total.
E as mulheres começaram a criar e recriar formas abstratas, nascidas de cada pensamento, de cada palavra emitida ou sonhada.
E criaram e recriaram a Criação, era a Vida gerando a Si mesma, expandindo-se sem restrição, sem barreiras e sem limites, era o Caos Primordial.
Seguiu-se então um tempo, em que o mundo esteve de cabeça para baixo, porque a Terra estava no Céu e o Céu estava na Terra, e uma das mulheres disse:
” – Isto é bom.”
E a outra respondeu:
” – Separemos as coisas.”
E assim se fez.
Em meio a uma grande tormenta, as águas serpentearam, e a Terra, o seco, o duro, comprimiu-se, e uma gigantesca onda, separou-se dela, formando um imenso vórtice, dando origem a uma onda estelar fluída que protegeu a Terra como um anel.
Nesse anel ficaram gravados os símbolos das eras que se sucederiam, para que nunca jamais, nenhuma mulher esquecesse o Eon no qual foram prisioneiras da eternidade.
E a terra, o seco, o duro e desolado, cobriu-se de Beleza e Poder, e a causa Primordial, a Mulher, uniu-se à causa oposta, o Homem, e o espírito se fez e habitou entre eles, criando a separação e a morte.
Agora não tinham asas, a busca da perfeição culminou em uma obra comparável mas inigualável; agora eram livres do horror da eternidade, do ciclo imutável da repetição; agora eram livres para evoluir… mas o espírito as fez esquecer o significado da onda fluída, e novamente com o passar dos Eons caíram em outra prisão pior: o eterno ciclo de morte e renascimento, e em suas memórias agonizam, sem lembrar como escapar, sem saber como renascer ou morrer, somente caminhando, caminhando, como Peregrinos do Altar, buscando na Terra o que ficou no Céu, pedindo ao Céu o que expulsaram da Terra.
E assim vão, sem compreender aonde, nem porquê, somente guiadas por uma sombra que surgiu da Luz, a sombra espectral do espírito que se fez nelas.
Mas ele não é nada, é somente um reflexo da obra perfeita e aprisionada, que um dia povoou uma Terra árida e desolada com a Beleza e o Poder da Sua criação.
Por isso: “Antes de Mim (o Espírito dos espíritos, Akasha) não existia nada, depois de ti (a mulher) nada havia, pois somos a única e real Verdade da Criação.”
Os Peregrinos do Altar ainda o buscam, caminham em um Mundo belo e poderoso, como si somente existisse caos e desolação; vão em pós do Altar onde se assenta a Ânfora da Vida, pois acreditam que ao encontrá-la, todas as perguntas serão respondidas.
Mas esqueceram o mais importante: perguntar, pois sem perguntas não há respostas; e também não lembram que a Ânfora derramou a Vida generosamente por todos os lugares, fazendo que desse jeito não exista a necessidade de buscas e peregrinos, somente faltam as perguntas, dirigidas a si mesmos, os si mesmos que se tornaram pequenas Ânforas que contém a Vida.
A falta dessa necessidade, da necessidade de perguntar, gera os desastres naturais, pois a Terra como ser planetário que é, e que foi criado, espera por suas criadoras, espera que se unam a Ela, e enquanto isso não acontece, continua no Caos Primordial, numa tentativa de voltar ao Eon, onde a separação não existia, um Eon, quando a onda fluída das constelações fazia parte Dela, um tempo em que o seco, o árido, o duro, gerava a Vida em meio as névoas da consciência de um Universo ainda adormecido.
Se depois disto você não se compadece pelo sofrimento terrestre, e não toma para si, o fardo da busca, calçando as sandálias dos peregrinos e começa a perguntar, você não merece chamar-se Mulher, nem ser a herdeira da Linhagem Sagrada das Sacerdotisas Escarlatas, as Sacerdotisas da Mãe Terra.
Em definitiva, é simples entender a importância que a Bruxaria Antiga representa nos dias de hoje, como um dos caminhos a ser percorrido, para encontrar novamente a conexão com a Mãe Terra.
gostava de saber mais sobre, esta historia, e sobre a bruxaria… È algu de que gosto bastante e gostaria de ter mais ligaçao…
Adorei a historia
Dnara,
Este texto está no Livro das Fadas da autora Evelin Torrence…Cópia humana ou dos registros Akasha?
Tomei a liberdade de copiar esse texto em meu blog e linka-lo a essa página. Faz muito tempo que venho em uma busca constante de descobrir os motivos pelos quais devo viver e lendo esse texto me senti renovada.
Eu gostaria muito de saber mais sobre esse mundo mágico e poder me conectar novamente a Mãe Natureza para que eu possa encontrar as respostas para as minhas incansáveis perguntas.
Por favor, me informe como eu posso compreender mais as verdades desse mundo mágico, e obrigada por esse texto maravilhoso!
nossa achei incrível… sei por alto como é isso…
procura eterna pela mãe terra;
Não sei como interpretarão isto, mas algo intrinseco em meu ser pende ao lado da Bruxaria… Sempre gostei do misticismo Celta e da linhagem Druida, e amei esta home
^^
preciso de ajuda e quero saber quem sou, nasci em lua crescente, tenho uma capacidade de sentir os fenomenos da natureza no meu corpo, sinto as energias da natureza e meu pai tambem fazia isso.
Não entendo o que esta acontecendo, nem o que sou, e menos aindo o que tenho que fazer… por favor responda…
Karakas…
Por isso eu digo:
“Viva as mulheres!!!”
Texto muito irado mesmo parabéns!!!
muito interessante:gostaria de saber mais.
Renata,
Não sei se está publicado en outro lugar, mas isto me foi dado pelo meu Maestro Ratziel faz muitos anos, não copiei de nenhum lugar.
Gostaría que me enviasse o texto a que se refere.